quinta-feira, 4 de novembro de 2010

uma poesia, por favor

Os poetas deveriam ter um tipo de recompensa para sobreviver. Algum subsídio do governo, por exemplo.
Logo que se vê vocação de poeta em alguém, a sociedade inteira deveria reverenciá-los e oferecer oportunidades para isso aflorar.
"Livros de poesias não vendem", dizem os mais sabidos e conhecedores de mercado livreiro.
E eu penso que poesia não vende porque não é mercadoria, parafraseando uma amiga.
Ser poeta é dar chance ao olhar que grita um socorro através da linguagem verbal. Forçar uma língua a expressar-se é a melhor maneira de entender o quanto ser humano pode abrigar desafios e armadilhas instigantes.
Poetas buscam retorcer aquilo que todos vêem - e temem ou não conseguem dizer - até extrair a beleza ou feiúra do mundo ao redor.
A linguagem poética pode salvar uma vida. Clichê assim. Gosto dos clichês pontuais. É senso comum mas, não banaliza uma verdade "popular", que às vezes está embaixo dos nossos olhos e esquecemos de reparar.
Por isso, digo: há cura na poesia, placebo revigorante.
Não sei o que seria da minha estante sem as palavras deles.
Salvem os poetas!


Biblioteca londrina bombardeada em 1940*

*Não encontrei os créditos da imagem - autor e sua biografia.

2 comentários:

  1. se eu tivesse um amigo que fosse poeta, daria 10% do meu salário pra ele... rs

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  2. e eu tentaria fazer uma publicação bem legal, daquelas de encher os olhos e outros sentidos de gosto! ;)

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